sexta-feira, 18 de abril de 2008

FMI prevê recuperação econômica em 2009

O Fundo Monetário Internacional crê em uma rápida recuperação da economia mundial após a crise que teve início no mercado imobiliário nacional. Segundo os economistas do FMI, já no ano que vem pode haver um início de recuperação, dependendo das políticas adotadas pelos países. Dominique Strauss-Kahn, diretor do Fundo, prevê também que a crise americana trará graves prejuízos para outras economias. Porém, ele fez questão de afirmar que, no momento, a crise atinge mais os mercados financeiros do que a própria economia real, apesar dos problemas serem os maiores desde a grande depressão de 1929.

Jovem Pan

segunda-feira, 7 de abril de 2008

FMI vai vender 403 toneladas de ouro para cobrir rombo

07/04/2008 - 17h52

Washington, 7 abr (EFE).- O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) deu hoje sinal verde à venda de 403,3 toneladas de ouro e à demissão de funcionários para cobrir seu déficit fiscal.

"Concordamos em substituir um modelo de receita obsoleto e inviável por um modelo moderno e mais previsível, em consonância com outras instituições financeiras internacionais", disse o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, após a reunião.

A instituição calcula ganhar US$ 11 bilhões com a venda dos lotes, com os quais criará um fundo de investimento, disse um alto funcionário que pediu para não ser identificado.

Com essa operação, junto a reduções de despesa, a diminuição do quadro de funcionários e outras medidas, o Fundo acredita que eliminará o déficit de US$ 400 milhões que, se a medida não fosse tomada, registraria em 2010.

"Tomamos decisões difíceis, mas necessárias para fechar o déficit previsto na renda e colocar as finanças do Fundo em uma base sustentável", destacou Strauss-Kahn.

O organismo está no vermelho porque ficou praticamente sem clientes, pois a maioria dos países em desenvolvimento prefere pedir emprestado nos mercados de capitais a solicitar empréstimos com as condições que a instituição coloca.

A venda do ouro precisa do apoio de 85% do voto no Conselho Executivo, sendo que os EUA, com quase 17%, tem na prática o direito de veto.

O Governo de George W. Bush respalda a medida, mas deve obter a aprovação do Congresso, porque o ouro foi fornecido pelos EUA e por outros países-membros. Nenhuma outra nação deve passar por sua legislatura para votar a favor.

O Fundo é o terceiro maior possuidor do metal nobre do mundo, com 3.217 toneladas em seus cofres.

A venda de parte das barras foi a principal recomendação atingida há um ano por um comitê de analistas estabelecido pelo anterior diretor-gerente do Fundo, o espanhol Rodrigo de Rato, para estudar como gerar novas receitas.

Se a Legislatura americana não colocar problemas, o FMI venderá o ouro de forma gradual nos próximos anos, em coordenação com os bancos centrais para evitar "transtornos no mercado", segundo o funcionário do organismo.

Com o lucro, a instituição criará um fundo de investimento para colocar o dinheiro com mais liberdade do que a que possui atualmente. O fundo só pode comprar bônus soberanos, com baixa rentabilidade.

Essa medida requereria uma mudança em sua "carta magna" e, portanto, precisará da aprovação das legislaturas da maioria dos países-membros.

O Conselho Executivo, onde se sentam 24 diretores que representam os 185 países-membros da instituição, também aprovou hoje a redução de 380 postos de trabalho nos próximos três anos.

Esses cortes, assim como baixas da despesa, lhe permitirão encolher seu orçamento em US$ 100 milhões até 2011, para ficar em cerca de US$ 800 milhões ao ano.

UOL